domingo, 16 de maio de 2010

Debate sobre Mobilidade Urbana promovido pela RBS TV empolga participantes!

Foi um sucesso o primeiro Debate sobre Mobilidade Urbana em Blumenau, organizado pela RBS. O auditório esteve lotado e as discussões foram muito interessantes e em alguns momentos tensas, o que demonstra que muito ainda precisa ser discutido e feito. O arq. Christian Krambeck, da Terra Arquitetura, defendeu uma tese composta por 10 idéias chave, com destaque para a necessária humanização da mobilidade e da cidade como um todo, resgatando a qualidade de vida e o sentimento de pertencimento dos cidadãos blumenauenses. " Temos que pensar soluções que propiciem o resgate da rua enquanto local seguro, confortável e bonito, onde possamos deixar nossas crianças e caminhar livremente e sem medo dos carros e seus motoristas desequilibrados.
link para a coluna de Ivo Theis, que teve importantes contribuições: http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,183,2903253,14690

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Apatia em Blumenau!

É o que temos em termos de urbanismo e planejamento urbano e regional em Blumenau...

terça-feira, 2 de março de 2010

Nossa paisagem ameaçada!

Como se pode ver nossa paisagem central perde para poucos lugares no mundo, temos uma exuberância verde de fazer inveja. Essa relação entre espaço construído, verde e rio faz parte de nossa identidade, a ocupação equivocada das margens do Rio Itajaí-Açú por nosso pioneiro Dr. Blumenau resultou no que somos hoje. Qualque ação que ameace isso deve ser combatida, por isso penso que o projeto grosseiro para impermeabilização da margem esquerda do rio deve ser refeito. Todos sabem que existem técnicas sustentáveis e de baixo impacto capazes de oferecer soluções para o problema de instabilidade geomorfológica dali, causado muito mais pela ocupação equivocada do que qualquer outra coisa.
Estas fotos foram tiradas agora, diante da angústia da perda...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

cidades verdes x cidades cinzas!

Será que não temos capacidade, inteligencia, sensibilidade e conhecimento suficiente para descobrir nossa vocação sócio-cultural-ambiental-econômica e nos projetar para o futuro como uma cidade ou região mais sustentável, feliz e democrática? Continuaremos por quanto tempo sem capacidade de planejamento e gestão adequados às necessidades e expectativas do Século XXI? Quando perceberemos que temos condição e potencial para ser uma cidade nacional, uma referência de cultura, dinamismo, distribuição de renda, qualidade do espaço público e relações interpessoais? Será que algum político terá condições de sair da mediocridade e levantar os olhos para a realidade? Será que nós cidadãos, empresários, professores e lideranças comunitárias continuaremos lavando as mãos e nos contentando com migalhas?

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

CONCURSO PÚBLICO MARCO DE ENTRADA DE BRUSQUE!

Trabalho 1º Colocado. Equipe: Francisco Refosco Nunes, Mariana Arruda e Sara Moretti (Blumenau/SC). (formados pela FURB e UNERJ)
Resumo da proposta: O projeto dos marcos de entrada de Brusque, nas rodovias Antônio Heil (SC 486) e Ivo Silveira (SC 411) tem como objetivo criar uma referência e atrativo no acesso à cidade. Pensando nisso, foi criado um desenho único para ambas entradas, composto por duas estruturas principais, que representam de forma abstrata algumas características da cidade e a importância dela no desenvolvimento da região e do país. A primeira estrutura importante são duas torres de mármore e granito que emergem do piso da praça de maneira sólida, forte e imponente, representando a solidez da sociedade brusquense e da sua indústria têxtil. A segunda estrutura é uma grande fita vermelha de concreto, que também emerge do piso com um desenho retilíneo - mas desta vez de forma horizontal - passando por entre as duas torres, quando dá início a algumas ondulações, simulando uma fita em movimento - ao vento. Esta fita de concreto representa a liberdade, a transformação e crescimento da cidade; assim como o fio de algodão, que se tranformando em tecido, gerou grande desenvolvimento para a cidade, a qual acabou se tornando um dos principais pólos do Turismo de Compras na área têxtil do Estado. E por último, fazendo parte do cenário da praça, haverá um espaço que cria uma atmosfera de contemplação do marco - uma praça seca contornada por um paisagismo colorido que garante a permeamilidade tanto física quanto visual. Paisagismo este, que terá as cores que fazem parte da história e cultura de Brusque, presente desde a bandeira da cidade à programação visual atual. O verde, o amarelo e o vermelho, recheiam os canteiros de flores, de onde parte um extenso banco linear, que contorna toda a praça para visualização do marco, boas conversas ou um simples descanso à sombra de uma árvore. Como parâmetro relativo a sustentabilidade foram utilizadas algumas diretrizes – como o uso de materiais regionais e luminárias com captação de energia solar, reuso da água da chuva para irrigação, piso permeável (paver) e reuso de material já adquirido pela prefeitura, sendo utilizado na sua totalidade e com poucas intervenções. Então de maneira geral, será a solidez da economia e da sociedade brusquense, assim como a liberdade e a forma orgânica dos fios de algodão, que marcaram sua história, é que estarão estampados na entrada da cidade como protagonistas desta obra, juntamente com o colorido das flores e morros, mostrando com isso o cuidado com a cidade e alegria de seu povo; sendo estes portanto, os fios mais nobres deste tecido multi-étnico que é Brusque. ______________________________________________________

Para conhecer o segundo e terceiro lugares (formados pela UNERJ)

http://iabblumenau.blogspot.com/2010/01/concurso-brusque-projetos-vencedores.html

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

COMO MORREM AS CASAS: "PRECISAMOS CONTESTAR OS IDIOTAS"Aziz Nacib Ab'Sáber

Entrevista concedida a Mônica Manir e publicada originalmente no suplemento Aliás de O Estado de São Paulo edição de 9 de janeiro de 2010.
O pai de Aziz era homem de poucas letras brasileiras. Mas esse libanês maronita entendia o idioma do bom negócio. Quando a economia de São Luiz do Paraitinga começou a ruir por causa da Central do Brasil – ferrovia que tirou a cidade do eixo da exportação de café –, seu Nacibinho levantou a barra da sua lojinha e foi-se embora com a família para Caçapava. Aziz tinha apenas 5 anos. Oito décadas depois, sua memória de São Luiz é viva o suficiente para que lamente todo o patrimônio histórico levado pela inundação e para que aponte nesta entrevista, colhida em interurbanos intermitentes para Ubatuba, os motivos "fisiológicos" que teriam levado a cidade do Vale do Paraíba a sucumbir sob as águas. Um deles é a periodicidade de uma crise climática anômala. Dependendo da região, de 12 em 12 anos, de 13 em 13 ou de 26 em 26, o mundo desaba. E os homens e as moradias sofrem com as chuvas, ainda mais se decidem ocupar o que não pode ser ocupado.
São Luiz do Paraitinga perdeu ¼ dos imóveis tombados. Foi um dos maiores desastres culturais do País. Como o senhor reagiu a isso ? É compreensível que, tendo nascido lá, eu sinta uma tristeza imensa com essa destruição. Houve, no passado, uma tragédia semelhante. Quando eu era menino, com 4, 5 anos, meus parentes comentavam: "A cidade foi inundada até a beira do mercadão". A casa dos meus pais ficava numa esquina em frente do mercado e o fundo dela era o rio, que volteava tudo. Mas, na época, São Luiz tinha um crescimento populacional mais razoável. Lembro que a margem de ataque do rio, à beira d'água, era uma estradinha tangenciando o morro para poder chegar ao caminho de Ubatuba. Andei muito do outro lado do rio, onde ia coletar pitangas gostosas na borda da mata. Hoje, além das pousadas, há os eucaliptais, que são uma presença extremamente perigosa no entorno de São Luiz. Os eucaliptólogos descobriram os morros da cidade, plantaram num nível de até 15, 20 quilômetros de São Luiz para oeste. Isso mudou todo o esquema.
Como assim ? Os eucaliptos oferecem vantagens econômicas para os donos de empresas, mas, com eles, há o sugamento da água subterrânea. Na estrada de Tamoios, próximo da represa do Paraibuna, a formação de bosques de eucaliptos é ainda maior. Os eucaliptólogos se reúnem sempre lá para fazer seus projetos. Ocorre que os prefeitos são incautos. Dando um pouco mais de impostos e de dinheiro para a prefeitura, eles deixam acontecer.
Que características tem a cidade para já ter sofrido inundação no passado ? Toda aquela região da Praça da Matriz, que é a região da Rua das Tropas e a região do mercado, tudo aquilo é envolvido por um meandro. Meandro é uma volta do rio às vezes muito alongada, às vezes mais estreita. Todo meandro tem um lóbulo interno, a várzea. Do outro lado, sobretudo em áreas de morros, ficam os declives. Bom, tudo isso se modificou muito. Antigamente, o povo chamava o período de maior cheia do rio, embora não catastrófica, de tromba d’água. As duas expressões mais bonitas de São Luiz eram 'rio acima' e 'rio abaixo'. Vinham de rio acima grandes aguadas, mas elas raramente subiam até o lóbulo e, portanto, até a praça. Desta vez, as grandes chuvas desceram os patamares de morros e chegaram aos terraços. Houve deslizamentos de blocos de terra, árvores, pedaços de rocha. Foi uma tragédia total.
Técnicos atribuem a desgraça também ao excesso de chuvas. Está mesmo caindo mais água do céu ? Este é um período anômalo, de grandes interferências na climatologia da América do Sul, provocadas por um aquecimento relacionado ao El Niño. Primeiro foi no nordeste de Santa Catarina, depois no Rio e no Espírito Santo, depois em São Paulo, depois em Minas, depois no sul de Mato Grosso. A coisa foi se ampliando por espaços do tropical atlântico e por outras áreas do planalto brasileiro. Na época da enchente catarinense, fiz uma listagem da periodicidade climática de exemplos bastante prejudiciais para cidades e campos. Esse trabalho está publicado na revista do Instituto de Estudos Avançados, de dezembro, e mostra que, de 12 em 12, ou de 13 em 13, ou de 26 em 26 anos, desde 1924 até dezembro de 2008, e dependendo do lugar, houve essa periodicidade. Cheguei à conclusão de que é preciso muito cuidado nos próximos 12 anos em Blumenau e fazer obras de retenção na área de extravasamento do rio no sítio urbano.
Mas o senhor previu que Paraitinga também poderia sucumbir ? Quando passei a visitar de novo o município, para conhecer melhor minha terrinha, não senti a possibilidade de invasão de águas no lóbulo interno pegando a Praça da Matriz. Não senti. Não achei que isso ia acontecer. Tanto que insisti muito em trazer a biblioteca de ciências, que estava na ex-casa de Osvaldo Cruz, para um lugar mais baixo e frequentado por crianças. A Praça da Matriz seria o lugar ideal. Transpuseram os livros, montaram uma bibliotecazinha ali. Os empresários, aliás, em vez de se preocupar com a cidade, resolveram fazer uma dádiva apenas para mostrar colaboração. Criaram a biblioteca infantil e mandaram comprar livros que não tinham nada de relação com a educação infantil. Eu fiquei furioso com isso. Continuei levando muitos livros para lá, auxiliado por uma pessoa que fez história na USP. Foi a minha tarefa. Mas a gente não sabia que ia chegar o dia dos 13 em 13 e dos 26 em 26. Passei a me preocupar com isso depois que estudei o quadro na região de Blumenau. Já estava escrito.
Também já estavam escritas as mortes em Angra ? Lá foi invasão em áreas de risco, pousadas sucessivas nas encostas. Morro é sempre complicado. Como os prefeitos deixam isso acontecer sabendo que embaixo dos morros tropicais tem solo vermelho fofo, de forma que casas bem construídas ou mal construídas podem, durante esses ciclos de climatologia anômala, descer pelas encostas, matar as pessoas, derruir as cidades ? O principal derruimento, minha filha, é a ignorância das pessoas. Ao saber que o governo do Estado do Rio havia liberado áreas de risco e de proteção ambiental para a expansão das cidades, fiquei desesperado. É preciso ter menos ignorância, mais planejadores, mais equipes interdisciplinares capazes de observar o sítio urbano, a região do rio acima, a região do morro, a do lóbulo interno dos meandros. A moça que trabalha aqui comigo em Ubatuba me dizia que, por morar em bairro afastado, não tem escola para os filhos. Começa por não ter escola, começa por não conhecer a história da cidade, tampouco o clima da região. Que história se perdeu sob as águas do Rio Paraitinga ? A história de uma cidade que enriqueceu durante o ciclo do café e decaiu com a estrada de ferro. Durante o ciclo, a única maneira de exportar o café era saindo de Taubaté e passando pela região onde hoje está São Luiz. Ali se formou uma rua alongada, com as casas à direita e à esquerda, a Rua das Tropas. Pois bem, algumas pessoas dos arredores de São Luiz também tiveram ali fazendas de café. Houve uma época, inclusive, em que empreendedores de origem francesa tentaram fazer uma indústria de tecidos no caminho que vai de São Luiz a Ubatuba, por isso muitos nomes da cidade têm origem híbrida, portuguesa e francesa. Mas foi um investimento fracassado.
E como surgiram os casarões ? Os fazendeiros de café ficaram tão encantados com a exportação do produto pela estrada que tiveram, a partir de 1850, a ideia de construir casarões para morar na cidade. E toda roça é muito triste à noite, sobretudo aquelas com riachos cortando os morros. Enquanto na roça permaneceram os capatazes, na cidade os fazendeiros receberam imigrantes de várias partes, especialmente de Portugal, que tinham tradição e capacidade de construir casarões de pau a pique e taipa. Não é uma coisa que resista a todos os tempos, sobretudo quando há enchentes dramáticas. Bom, filha, essas pessoas receberam uma tragédia socioeconômica em torno de 1900, quando se estabeleceu a Estrada de Ferro Central do Brasil. Todo o café, do vale inteiro, passou a sair pela estrada por Taubaté, São José dos Campos e Lorena em direção ao Brás e, de lá, pela Estrada Santos-Jundiaí. Mudou-se o eixo da exportação. O problema era sério e grave. Algumas famílias de fazendeiros foram fenecendo. Pessoas de Minas Gerais, que sabiam guardar seu dinheirinho, vieram para São Luiz e compraram terras para fazer o que sabiam fazer: criar gado leiteiro. Disso viveram por muitos anos. Quanto aos casarões, muitos foram transformados em hotéis.
O senhor acredita que Paraitinga voltará a ser polo turístico ? A USP, universidade em que nasci como pessoa cultural, vai fazer um grupo de trabalho para compreender a cidade em todos os níveis. Disseram que queriam colocar o meu nome em primeiro lugar na equipe. Pedi que não me constrangessem. Eu já estou muito constrangido com mil coisas, estou desesperado com os péssimos políticos que o Brasil tem. O senhor disse certa vez que o governo não tinha noção de escala. Continua achando o mesmo ? Em projetos médios e maiores, continua sem noção. E quem não tem essa noção dirige mal o seu país. No caso do Presidente da República, sempre insisti com ele: "Você, que sabe fazer discurso, fale nas suas prédicas que vai pensar no nacional, no regional e no setorial". O nacional é a Constituição, são as reformas especiais que precisam acontecer de tempos em tempos. Regional é o conhecimento do Brasil como um todo: as terras baixas da Amazônia, os afluentes do Amazonas, o Golfão Marajoara, as colinas recobertas por caatingas entre as chapadas do Nordeste, entrando um pouquinho pelo Piauí e muito pelo Rio Grande do Norte, com raros solos vermelhos, bons quando a topografia é suave. Esses locais foram muito úteis para o Ceará, mais úteis que alguns políticos que existem lá.
Há quem atribua essas tormentas climáticas dos últimos meses ao aquecimento global. Há alguma verdade nisso ? Isso é bobagem. O ciclo deste ano é um ciclo periódico complicado. Essas pessoas que falam em aquecimento global erraram tanto até hoje... Diziam, por exemplo, que o aquecimento iria derruir a mata amazônica. Outro publicou num jornal de São Paulo que, por causa do aquecimento global, a mata atlântica, de Santa Catarina até o Rio Grande do Sul, seria destruída. Ele não sabia que essa mata só está na costa. Agora, é verdade que, somando os aquecimentos das áreas industriais e das áreas urbanas, dá um aquecimento contínuo. Daí em Copenhague terem defendido o combate a ele.
O senhor achava que a COP-15 teria outro desfecho ? Eu sabia que seria um insucesso. Quero um bem imenso à Dinamarca, tenho razões culturais para isso, mas note bem: quando vi que o Lula ia indicar um grande número de pessoas, foram mais de 740, eu disse: como é que em Copenhague, cidade relativamente pequena, tradicional, como é que vai haver uma reunião em que mais de 740 pessoas possam fazer debates ? Ia dar numa coisa zero.
Foi um insucesso por causa da grande comitiva brasileira ? Foi por causa de tudo, mas o Brasil viajou para lá exuberante. Levaram a Dilma. A Dilma nunca entendeu de meio ambiente. Não tem culpa. Ela tem outro passado, daí ter sido colocada inicialmente no Ministério de Minas e Energia.
E o que o senhor acha de Marina Silva como candidata, ela que sempre esteve ligada à preservação ambiental ? Ela não conhece o Brasil. É uma mulher do Acre, uma pessoa que acredita no criacionismo. Ela é ela, e acabou. Tudo o que sabe é que existiram aquelas fantásticas atitudes de Chico Mendes. Quem entende de meio ambiente no governo, professor ? No governo, apenas os técnicos mais jovens do IBAMA, com o auxílio de promotores públicos também jovens, saídos das boas universidades brasileiras. São eles que me dão entusiasmo, são eles que me dão esperança. Mas o IBAMA está gradeado pelo governo federal, o que é um absurdo. Isso vai redundar, no futuro, em muita coisa contra a biografia de todos eles, sejam governantes federais, estaduais ou municipais. Digo e repito: nós, no Brasil, precisamos aprender a contestar os idiotas.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Planejamento Equivocado em Bombas!

Recentemente o Prefeito de Bombinhas demonstrou sua falta de compromisso com os cidadãos e com o desenvolvimento sustentável e equilibrado deste belo balneário. Na contramão da humanização das cidades e valorização do pedestre e ciclistas, o Prefeito e “seus” vereadores determinaram a destruição do canteiro central da principal avenida da praia de Bombas, por onde todos os dias, são obrigados a passar milhares de banhistas, moradores e turistas. Além de trazer insegurança e desconforto para os pedestres, que já não têm calçadas decentes, piorou muito a paisagem urbana da cidade, pois também cortou as palmeiras que cresciam naquele local. O Prefeito optou por uma solução improvisada e sem o devido embasamento técnico, em detrimento da segurança e conforto de todos nós. O correto em qualquer lugar civilizado seria diminuir o espaço dos carros para a construção de calçadas niveladas e espaçosas, onde possam transitar crianças, idosos, carrinhos de bebê, pessoas com deficiência temporária ou permanente, obesos etc; ou implantar uma ciclovia de ponta a ponta da praia; ou ainda, desapropriar amigavelmente parte dos terrenos privados à beira-mar para a construção de um lindo calçadão, público e democrático. Atitudes com o foco no desenvolvimento sustentável do século XXI implicam maior qualidade de vida para as atuais e futuras gerações; qualificação do consumo e conseqüente aumento do movimento do turismo e comércio e principalmente na preservação da praia e do mar, que é a essência de tudo. Ainda vivem no século passado os que pensam em aumentar de forma indiscriminada e inconseqüente a quantidade de pessoas a cada verão, para aumentar o consumo. Vários estudos comprovam que quando um balneário turístico ultrapassa sua capacidade máxima de receber pessoas o fluxo começa a se inverter e o local perde vitalidade, principalmente devido ao estresse e desconforto gerados pela superlotação, trânsito caótico, poluição, preços abusivos etc. Alguém ainda duvida de que já estamos no limite aqui em Bombas e Bombinhas, para não falar do resto, daqui pra frente pagaremos um alto preço por nossos erros ou nossa omissão. O crescimento desordenado, o trânsito caótico, a falta de planejamento e compromisso com o futuro não podem continuar sendo nossa única opção! O que precisamos são governantes sérios, comprometidos com o futuro, com novos ideais e idéias. Precisamos pensar alternativas corretas, a partir da harmonia entre homem e natureza. Atrair turistas e moradores para as demais estações do ano de forma inovadora e criativa, senão, quando chega o verão cada vendedor e comerciante quer vender tudo de forma alucinante para tirar o lucro do ano. Assim, não há racionalidade que resista, muito menos nossa paradisíaca praia.Convidamos todos a refletir sobre esta situação extrema, sobre nosso futuro comum e como seus filhos e netos poderão usufruir das mesmas qualidades que usufruímos hoje! Quem sabe se agirmos de alguma forma, individual ou coletivamente, ainda podemos salvar nossa praia e contribuir no combate contra o aquecimento global, já que os governantes do mundo desenvolvido lavaram as mãos.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Feliz Natal! Feliz Ano Novo!

o Grupo de Estudos Urbanos - IAB-BLUMENAU deseja a todos um Feliz Natal e um maravilhoso, crítico e combativo 2010! Que possâmos pelo menos tentar e se mecher por uma arquitetura melhor, por uma profissão valorizada e reconhecida, por cidades mais justas, democráticas e bonitas, por uma sociedade mais feliz e em harmonia consigo mesmo e com a natureza. Que além de nossos escritórios, projetos e sonhos, possamos aproveitar o ano eleitoral para realizar debates, sugerir propostas e projetos, criticar, cobrar e identificar os cidadãos comprometidos com algo além de seus interesses pessoais e enrriquecimento ilícito. Que todos juntos possamos encontrar um caminho melhor e mais verdadeiro neste início de século XXI!
FELIZ NATAL E ANO NOVO!
este é o link para um ótimo blog sobre acessibilidade, tivemos inclusive a honra de ser comentados pelo coordenador e engenheiro consultor. Fica o desafio. Quem quiser escrever também é só mandar os textos... Dêem uma olhada e vamos assumir nosso papel de garantir cidades e edifícios melhores, para todos!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Sustentabilidade e Acessibilidade!

Uma não existe sem a outra no século em que vivemos, apesar do fracasso Obama, como vem sendo chamada a vergonha de Copenhagen, a necessidade de agirmos individualmente é urgente, principalmente nós arquitetos e urbanistas. Apesar dos modismos da hora, sem demérito para a moda, que tem uma dinâmica natural imediatista, precisamos raciocinar sobre o que significa sustentabilidade em arquitetura e urbanismo. Uma das premissas básicas é justamente a imposição de pensarmos um espaço edificado para que absolutamente todas as pessoas possam utilizá-lo com facilidade, naturalidade, prazer e rapidez. Ou seja, qualquer coisa pensada e construída sem considerar os princípios e exigências do DESENHO UNIVERSAL, jamais poderá ser considerada SUSTENTÁVEL. O Desenho Universal é uma disciplina que pretende incutir a cultura de que qualquer objeto, seja ele um garfo, cadeira, edifício ou praça pública, deve ser pensado considerando as necessidades e expectativas da totalidade das pessoas: idosos, crianças, gestantes, pessoas com deficiencia, você que quebrou a perna, altos, obesos, anoréxicas etc etc...
Aproveito para fazer uma sugestão/provocação aos arquitetos e ao IAB-BLUMENAU, eleger 2010, ano de eleições, como o ano do Desenho Universal do IAB-BLUMENAU, abrangendo toda a região. Existem vários temas urgentes, como a questão da habitação social, cujos desabrigados estão submetidos à uma espera vergonhosa pelo Governo Municipal; a questão do patrimônio histórico; a própria sustentabilidade; mas creio que a questão da ACESSIBILIDADE seja um passo necessário para a cidadania, para a igualdade e a justiça e democracia social...

domingo, 20 de dezembro de 2009

FRACASSA COPENHAGEN 2009!

Infelizmente continuaremos pagando pelo fracasso retumbante da COP 15, em Copenhagem. Os desastres ambientais em Santa Catarina cresceram exponencialmente e nunca foram táo devastadores e mortíferos, alguém tem dúvida que somos diretametne responsáveis por isso? É claro que existem ciclos paleológicos etc, do planeta, mas também é certo que nunca houve tanto impacto do homem, tanta destruição e tanta poluíção... Graças aos países ricos e principalmente aos EUA e Barak Obama perdemos mais uma grande oportunidade de começar a correr atrás do prejuízo. Até quando esperar? Quantas mortes seráo necessárias para que o problema seja encarado de frente? Se o clima fosse um BANCO, o sistema já teria juntado dinheiro suficiente para salvá-lo. E a África, e os países pobres, e as ilhas que estão submergindo, e a América Latina?
E nós arquitetos, qual nossa contribuição? Estamos à lavar as mãos, como sempre? Ou estamos interessados e pensando em como produzir uma arquitetura sustentável do ponto de vista ambiental, econômica e social? Estamos apenas à reproduzir a mesmice sem senso crítico ou estamos buscando compreender qual é o nosso papel e como será a arquitetura do século XXI? Vamos pensar um pouco sobre isso em 2010, e que cada arquiteto possa dizer que está preocupado sim, para além dos seus ganhos e seus umbigos...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Otimistas graças à...

Texto publicado no Jornal de Santa Catarina de 16/12/2009, hoje...
Estamos superando a crise? Não, não me refiro à recente crise, aliás, a atual que estamos tentando superar; pra variar de forma injusta e antidemocrática, onde governos assumem as dívidas de bancos e seguradoras para garantir além da estabilidade do “sistema”, o lucro dos acionistas. A crise a que me refiro é a da própria humanidade neste início do século XXI. Depois de mais de 200 anos o capitalismo já pôde provar várias vezes que não é a melhor forma de organização social, embora no século XVII tenha sido um grande avanço na superação do feudalismo. Não é preciso enumerar, apesar dos avanços, os malefícios deste sistema individualista, explorador e injusto. Mas a humanidade sempre evolui, inexoravelmente! Claro que existem altos e baixos, desvios e atrasos, mas o movimento é sempre pra frente, evolutivo. Temos motivos para ser otimistas, para continuar acreditando e lutando por um mundo melhor, esse é o sentido de nossa existência. Mesmo com 1 bilhão de pessoas subnutridas atualmente, a África em situação deplorável, guerras e conflitos generalizados, violência urbana, genocídio no trânsito, valorização do capital em detrimento do trabalho, a classe média tendo que trabalhar em 2 ou 3 empregos apenas para pagar as contas do mês. Quer dizer, é preciso ser persistente ou louco para continuar sendo otimista, mas o mundo precisa desta energia positiva. Neste início do século XXI a humanidade está precisando se redefinir, buscar novos rumos e valores, individuais e coletivos. É preciso superar a irracionalidade que domina a grande mídia, a governança mundial e os países ricos, os bancos e o sistema financeiro, a indústria armamentista etc, etc. Na verdade esqueci os motivos que me levaram a escrever sobre como sou otimista, talvez um torneiro mecânico na presidência aqui, um negro nos Estados Unidos, mulheres no Chile e Argentina e talvez aqui em 2011. Ou, pela tendência que as coisas têm de ser melhores naturalmente, aceleradas pelos cidadãos conscientes, defensores dos direitos humanos, ambientalistas, os bons políticos e governantes sérios, empresários engajados e todos nós. Uma visão otimista ilumina o futuro, ajuda a suportar o presente e a respeitar o passado. Apesar das injustiças, das ideologias divergentes e dos obstáculos, sejamos sensíveis, inconformados e otimistas!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Presente de Grego enviado pelo Correio!

PUBLICADO NO JORNAL FOLHA DE BLUMENAU, 15 de Dezembro de 2009.
Trata-se de um crime contra a paisagem urbana e a arquitetura de Blumenau, não podemos deixar de nos manifestar contra este presente de grego, dado a nós pela Empresa Brasileira de Correios. É lamentável que em pleno século XXI ainda tenhamos essa anti-cultura de projetar e CONSTRUIR um proto-pseudo-enxaimelado no centro de nossa linda cidade de colonização original predominante alemã. Claro que não podemos esquecer que tal colonização faz parte do passado, que deve ser respeitado e admirado, mas muitas outras ricas culturas se somaram a alemã para compor a identidade cultural de Blumenau, italiana, nordestina etc. De qualquer modo devemos repudiar de forma veemente soluções como a do novo prédio dos Correios, porque fere nossa identidade, mancha a paisagem urbana, cria uma falsa referência e confunde as pessoas porque não se trata de técnica construtiva enxaimel e nem tem referência com nenhuma arquitetura ou qualquer coisa que as pessoas conheçam ou se lembrem. A implantação é muito ruim, pois está grudada na calçada, que já é apertada; está um pouco elevado, impedindo o fluxo natural e direto e a relação dentro-fora, detonando a escala humana e a possibilidade de perspectiva, ou seja, das pessoas olharem e compreenderem o edifício, o objeto construído, que deve compor com a paisagem do entorno, enriquecendo-a. Não é o caso. Algumas paredes tortas e enviesadas, telhadinhos como se fossem apêndices sem sentido e aberturas pequenas e repetitivas compõe esse disparate arquitetônico que nos foi dado de presente. É preciso sair dessa postura aculturada e pensar o futuro, afinal, olhar pra frente é um dos principais componentes e alimento da cultura de um povo. Tudo só faz sentido, inclusive conhecer, estudar e respeitar o passado se for para caminhar para frente de uma forma melhor e mais equilibrada... Em pleno século XXI já está na hora de superarmos esse complexo de mundo da fantasia, vivendo de referências antigas e ultrapassadas, que já passaram. Para garantir um futuro melhor, pensando inclusive soluções ambientais e urbanas para diminuir o risco de novos desastres, tornando mais equilibrada a relação do homem com a natureza no Vale do Itajaí, passa necessariamente por uma nova forma de pensar, mais arejada, mas democrática, mais tolerante. Fundamentalmente com o novo como referência. A base disto deve ser a compreensão de nossa história, nossa cultura, nossa arquitetura e urbanismos anteriores, e não simplesmente, de forma alienada oferecer cópias mal feitas, que não atendem mais às necessidades e expectativas da sociedade do século XXI.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Moção do Comitê do Itajaí! BEIRA-RIO!

MOÇÃO nº 12, de 03 de dezembro de 2009
Moção às Prefeituras dos Municípios do Vale do Itajaí sobre obras em margens de rios O Comitê do Itajaí, criado pelo Decreto Estadual No 2.109, de 5 de agosto de 1997, no uso das competências que lhe são conferidas pela Lei Federal No 9.433, de 8 de janeiro de 1997, que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, pela Lei Estadual No 9.748, de 30 de novembro de 1994, que institui a Política Estadual de Recursos Hídricos, e tendo em vista o disposto no seu Regimento Interno, aprovado pelo Decreto Estadual No 3.426, de 4 de dezembro de 1998, alterado pelo Decreto Estadual No 2.935, de 10 de setembro de 2001, pelo Decreto Estadual No 5.791, de 11 de outubro de 2002, e pelo Decreto Estadual No 3.582, de 7 de outubro de 2005, e Considerando que a Prefeitura Municipal de Blumenau (PMB) contratou um projeto para a margem esquerda do rio Itajaí-açu, no trecho compreendido entre a ponte da estrada de ferro e a prainha, denominado Beira-Rio Margem Esquerda; Considerando que o referido projeto tem como objetivo evitar futuros deslizamentos, como os que ocorreram nas enchentes de 1984 e 2008; Considerando que tal projeto prevê a supressão de toda a vegetação em avançado estágio de regeneração da margem identificada, para nela repetir as decisões de engenharia executadas na Beira Rio, incluindo enrocamento, concretagem de parte considerável do talude, gramado e, no nível mais elevado, calçada e ciclovia com dimensionamento de 7 metros de largura; Considerando que o projeto em questão pretende suprimir um significativo corredor ecológico no coração da cidade de Blumenau, de aproximadamente quatro hectares (40.000 m2), com espécies nativas e exóticas, no qual podem ser encontradas, dentre a fauna, mais de 200 espécies de aves que o usam como passagem, abrigo e nidificação; Considerando que, apesar do grande impacto desta obra, até a presente data, o projeto da PMB não foi publicado em qualquer órgão de imprensa local; a ele apenas é feito menção em curtas mensagens, o que dificulta à comunidade dele tomar merecido e necessário conhecimento, destituindo-a da participação nas decisões públicas; Considerando que da forma como foi concebido, o projeto da PMB poderá causar impactosnegativos não só na paisagem urbana e no meio ambiente, mas na própria dinâmica do rio e nas margens à jusante e à montante; onsiderando que o projeto, de maneira geral, representa um retrocesso nas formas e abordagens das intervenções em margens de rios, e caminha na direção contrária às tendências mundiais deste tipo de intervenção; Considerando que a Associação Catarinense de Preservação da Natureza (Acaprena), o Núcleo de Estudos Urbanos e do Centro de Ciências Tecnológicas da FURB (Neur) e o Projeto Piava realizaram uma oficina, nas dependências da FURB, com a participação de técnicos pesquisadores e acadêmicos, para elaboração de alternativas menos impactantes do que o projeto da PMB, e que levassem em consideração a preservação ecológica, a contenção dos deslizamentos e a criação de um espaço de uso público para pedestres e ciclistas; Considerando que o grupo acima mencionado demonstrou, assim, a possibilidade do uso de distintas técnicas contemporâneas de bioengenharia em um traçado que compatibiliza a proteção da vegetação ciliar, o fluxo dos animais e plantas via margem existente e a criação de espaços de lazer e contemplação;
Considerando, ainda, que o projeto em pauta está em desacordo com o Plano Integrado de revenção e Mitigação de Desastres Naturais da Bacia Hidrográfica do rio Itajaí, aprovado pelo Comitê do Itajaí em 24 de setembro de 2009;
O Comitê do Itajaí DECIDE dirigir-se:

• às prefeituras municipais da Bacia do Itajaí;

• às câmaras de vereadores dos municípios da bacia do Itajaí;

• às associações de municípios do vale do Itajaí;

• ao Grupo Técnico-Científico, regulado pelo Decreto nº 2445, de 13.07.2009;

• ao Ministério Público Estadual;

• ao Ministério das Cidades;

Para solicitar:

1. Que a Prefeitura Municipal de Blumenau reveja a concepção do referido projeto e a forma de conduzi-lo;

2. Que o novo projeto a ser elaborado atenda as considerações acima e esteja de acordo com as técnicas contemporâneas de intervenção em margens de rios difundidas no mundo todo;

3. Que o novo projeto contemple a participação da população, por meio da discussão com representantes das organizações da sociedade civil interessada em audiências públicas,

4. Que o novo projeto seja apresentado ao Comitê do Itajaí;

5. Que o novo projeto, assim elaborado, seja amplamente divulgado para todos os municípios da bacia do Itajaí, tornando-se um exemplo a ser seguido. Tercílio Bonessi Presidente do Comitê do Itajaí

• ao Ministério Público Federal.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Edifícios Garagem Fora! Do Centro.

eh um equívoco propor edifícios garagem no centro de Blumenau, o correto seria pensar um sistema integrado a partir do entorno dos terminais urbanos, articulados com edifícios garagem, ciclovias e bicicletários. Segundo informações o veto do Prefeito Kleinubing ao projeto aprovado na Camara que incentivava a implantação destes edifícios no centro da cidade, não se deu devido a discordância conceitual, mas a erros jurídicos e ajustes na redação... fica cada vez mais claro a falta de planejamento urbano a que estamos sujeitos em nossa região, apesar de algumas pessoas e técnicos esforçados. As decisões e ações vão sendo efetivadas sem que se saiba exatamente suas consequências a curto e médio prazo, e muito menos sua correlação com as demais dimensões do desenvolvimento urbano.

Floripa precisa reagir, por Laudelino José Sardá *

A desordem no crescimento urbano é reflexo do descompromisso e da ostentação de uma gestão pública incapaz de enxergar os sinais de decadência de Florianópolis. Bastaria gostar da cidade para o gestor identificar as ameaças de deterioração social e econômica e investir em soluções rápidas. Mas o gestor ignorou o perfil de uma cidade fincada entre montanhas e mar, preferindo obras vistosas, como os viadutos, aliás, aqueles amontoados de concreto. O ano encerra-se com a cidade em estado deplorável. O tenor italiano Andrea Bocelli não cantará mais por R$ 4 milhões. Músicos da Itália terão de vir com ele e, assim, mais R$ 1,4 milhão de despesas. A árvore de Natal não sairá por menos de R$ 3 milhões, enquanto os fogos de artifício vão exigir mais um desembolso de quase R$ 1,5 milhão. Há os gastos de R$ 1,8 milhão com mais um kartódromo, e Schumacher exigiu um cachê de U$ 400 mil para vir dar uma voltinha de kart na pista. Foi para isso que o Sapiens Parque foi projetado?Neste cenário desolador, a cidade perdeu até o que tinha. Seus teatros vivem fechados, casas históricas em demolição, as raízes artísticas em extinção e nada é construído pensando na história e na vida de Florianópolis. Somos, hoje, uma cidade desconstruída, sem identidade. Todos os seus segmentos, quer culturais ou empresariais, estão adormecidos, quem sabe com medo de o governante prenunciar o mal, a exemplo de Floriano Peixoto, que matou dezenas de ilhéus em nome de uma falsa república. É preciso reagir. E, independente de ideologias e de partidos sem ideologias, Florianópolis necessita recuperar a sua dignidade para afastar o risco de o prefeito alienígena e irresponsável destruir completamente este manto natural que ainda espelha uma referência mundial em qualidade de vida.O silêncio da cidade é o verme que a consome. * Jornalista e professor

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Esclarecimento IAB - Beira-Rio!

Para que dirimir quaisquer dúvidas ou mal entendidos é importante reforçar alguns pontos em relação ao posicionamento dos arquitetos e urbanistas, demais profissionais, GEU-BLUMENAU e IAB-BLUMENAU em relação à polêmica urbana mais recente de nossa cidade, a Reurbanização da Beira-rio, margem-esquerda: 1) O IAB-BLUMENAU é uma entidade autônoma de congraçamente e articulação da profissão, dos profissionais e da arquitetura e do urbanismo, não tem e nunca teve representação ou autoridade para representar de forma direta e muito menos legal, o conjunto de arquitetos da cidade e região;
2) O IAB-BLUMENAU vem se manifestando e se posicionando em defesa da cidade, suas qualidades, do patrimônio ambiental, social, cultural, urbano e arquitetônico da nossa região. Na primeira hora pós-desastre se colocou à disposição para ajudar e participar com seus conhecimentos técnicos e atribuições profissionais, representado por um grupo de arquitetos e convidando todos os demais;
3) O GEU ou Grupo de Estudos Urbanos foi criado no âmbito do IAB com o intuíto de discutir, estudar e polemizar sobre as questões pertinente á profissão, como urbanismo, desenho urbano, gestão pública, arquitetura etc. Mas não existe nenhum vínculo formal ou dependência de um em relação ao outro, inclusive juridicamente. O GEU têm autonomia e suas opiniões e posições publicadas neste BLOG NÃO REPRESENTAM A POSIÇÃO NEM DO IAB-BLUMENAU E NEM A DOS DEMAIS PROFISSIONAIS;
4) O texto publicado mais abaixo e divulgado erroneamente como sendo de autoria do IAB-BLUMENAU é de autoria das entidades que a subscrevem abaixo do referido texto, ou seja, NEUR, ACAPRENA e PROJETO PIAVA . O fato de estar publicado neste blog não significa que a entidade IAB concorda com ele. Abaixo segue carta do IAB, pública, enviada ao Prefeito Municipal, ali está explícita a posição da entidade.
5) O IAB-BLUMENAU se reunirá nesta quarta feira dia 09/12, para deliberar e se posicionar oficialmente sobre este assunto. Aproveitamos a oportunidade para CONVIDAR todos os arquitetos e urbanistas interessados.
6) O IAB, como vem fazendo de forma corajosa e responsável nos últimos anos em Blumenau, não deixará de tomar uma posição e torná-la pública, baseando-se nos critérios técnicos e nas suas atribuições profissionais, mas principalmente na opinião da maioria dos presentes na reunião.
7) Esse esclarecimento não foi redigido e nem representa a posição do IAB, foi uma iniciativa do GEU-BLUMENAU e o IAB poderá se manifestar em oportunidade adequada.
8) Independente de posições partidárias ou divergências técnicas, todos temos que defender a paisagem urbana, a sociedade e sua relação equilibrada com a natureza, a identidade da cidade e acima de tudo defender que as decisões e políticas públicas sejam tomadas após amplo processo de divulgação, informação, participação e opinião; e que as decisões reflitam a opinião da maioria da sociedade, nem que para isso seja necessário desagradar outros interesses ou para reformular decisões equivocadas.
Agradecemos a atenção de todos e convidamos todos os arquitetos e cidadãos para lutar de forma radical para que tenhamos cidades melhores, mais bonitas, mais democráticas e mais sustentáveis, para esta e as próximas gerações. Somos responsáveis!